Responsável por boa parte da inflação do ano, o grupo alimentação subiu 9,28% em 2013 no fechamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para 2014, o item alimentação continuará pressionando a inflação, mas em escala menor do que em 2013.
No início do próximo ano há previsão de alta nos produtos in natura como hortaliças, legumes e frutas. Segundo o economista do Ibre, André Braz, foi uma das despesas que mais contribuíram para a inflação de 2013. A alimentação é medida dentro e fora de casa.
Só os alimentos consumidos em residência, comprados em supermercados, subiram 8,8% de janeiro a dezembro de 2013: alta acima da inflação média apurada pelo próprio indicador, que avançou 5,48%.
Tomate foi o vilão com alta de 18% no ano
O principal vilão em grande parte do ano foi o tomate, que teve alta de 18%. O economista André Braz disse que a alta dos alimentos poderia ter sido maior se não fosse o comportamento de outros itens que registraram queda. Entre os mais importantes estão s do óleo de soja, com queda de 19%, a do açúcar refinado, com baixa de 15%, a do café, com queda de 6% e a do feijão com queda de 12%.
O ano de 2014 começa com a previsão de alta nos produtos in natura como hortaliças, legumes e frutas. Nesta época do ano, a chuva e o calor interferem na produção e os preços costumam subir.
Essa variabilidade de clima no verão prejudica muito a oferta desses alimentos e, por consequência, passamos um período de aumento de preços. Isso deve vigorar de janeiro a março. Já os outros alimentos, como arroz, feijão e carne não têm previsão de que continuem subindo de preço. É provável que haja um alento ali analisou Braz.
A previsão é que, durante o ano, a oferta de alimentos seja mais regular do que em 2013 e, dessa forma, o aumento dos preços dos alimentos em 2014 pode ser menor.
Ainda assim, a gente acredita que o item alimentação vai continuar respondendo por parte da inflação, mas há uma expectativa de uma variação mais baixa do que a acumulada em 2013 destacou o economista.
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